Amigas e amigos: não apoiamos mais o presidente Jair Messias Bolsonaro.
Deixamos de sermos seus apoiadores no segundo semestre do ano passado e consideramos que agora é o momento certo para falar sobre o assunto.
Ainda nos consideramos conservadores mas, por termos um comportamento que é visto pelos direitistas como inadequado, não vamos continuar a constranger os colegas de causa com nossa presença ínfima. Temos a convicção de que ninguém é obrigado a nos tolerar. Muitos questionaram se alguém tão insignificante como nós, algum dia, fez parte da onda conservadora.
Deixamos a resposta para quem perguntar.
Quem acompanhava nosso finado Instagram percebeu. Logo nos primeiros meses deste Governo, demonstramos insatisfações porque certos atos governamentais (exemplos: a extinção de Ministérios vitais como Trabalho, Cultura e a má gestão do problema ambiental) nos incomodaram e das quais discordamos. Outras causas foram invejarias e ciumeiras virtuais vindas de militantes exaltados e, muitos dos quais, anônimos.
Discordamos também do estilo de governar do senhor presidente. A franqueza e o despojamento de Bolsonaro já não são mais suficientes. Os problemas se avolumam e o Brasil carece de governante com qualidades além destas. Um Presidente do Brasil precisa de Alma. Precisa motivar o povo, persuadir adversários, dar um sentido para a existência da Pátria no Mundo. Precisa ter noção de momento histórico, precisa ser um faixo de luz que desfaça as trevas que imperam no íntimo de mulheres e homens, velhos e jovens. Precisa de coração e também de inteligência emocional.
Precisa, finalmente, do binômio: razão e sensibilidade. Faltam ambas a Bolsonaro.
E precisa também ter cuidado com as palavras.
Não nos arrependemos de termos votado nele. Na Eleição de 2018 ele era a única opção viável. Desejamos o melhor para ele e até oramos por ele nesses primeiros meses de seu mandato. Isto passou. Cabe agora a nós que nos preocupamos em achar o melhor para o Brasil, buscarmos outra opção. Uma opção superior a Bolsonaro.
Com certeza, a Esquerda não é esta opção.
Esta Nação precisa de uma opção mais ousada, mais equilibrada, que critique a política sem desacreditar da Política. Que faça política sem perfis anônimos em redes sociais. Que se proponha a articular com as diversas forças de poder. Que não se feche no isolamento. Que saiba trabalhar com o Congresso sem provocar atritos e antipatias.
Precisamos de um Presidente que governe para todo o Povo e não apenas com e para o seu povo...
Porque quem diz querer governar para a maioria acaba só governando para os seus. Também já acreditamos neste discurso. Percebemos o quanto é limitado. Um presidente governa para a maioria. Um Estadista governa para todos. O Brasil precisa de um Estadista.
Jair Messias Bolsonaro não o é e parece que não quer ser.
Os políticos brasileiros estão muito longe do ideal mas ser político e se colocar numa posição acima deles por se achar missionário divino, como faz o senhor presidente Bolsonaro, é atrair adversários gratuitos porque se trata de infeliz arrogância. É não ganhar os apoios e as simpatias no Congresso e na Sociedade que qualquer Governo que busque a estabilidade precisa. E é por em risco a boa governabilidade do país.
O Brasil precisará de um novo presidente.
Abrimos parêntese e perguntamos: Presidente Bolsonaro, o Homem do Cavalo Branco, da Profecia dos Presidentes psicografada por Chico Xavier e de autoria do espírito André Luiz, precisaria montar num cavalo branco e segurar uma espada para provar quem é? Se sim, então esta atitude seria grave falta de modéstia e confiança na Providência. A Profecia não poder ser interpretada de forma literal. A que decifrá-la em sua simbologia. Este Presidente Predito será reconhecido por sua personalidade e pelos benefícios que fizer ao nosso povo.
Será mesmo que tal personalidade profética seria o senhor, presidente?
Fechamos o parêntese e continuamos. Deixamos na Direita bastante gente que admiramos com sinceridade. Se eles continuam a apoiar Bolsonaro só nos resta desejar boa sorte.
Qual será nosso destino? Vamos para onde formos aceitos.
Hoje, a opção política mais adequada à polarização Direita-Esquerda é o Centro. Por que? A Esquerda se deixou levar pela corrupção que jogou a Nação em uma das piores crises econômicas, crise política, crise moral e crise de falta de confiança da história da República enquanto a Direita usa a máscara da falsa pudicícia, exacerba o sentimento religioso e tem as mãos cheias de inabilidade política. Já fizemos críticas duríssimas ao Centro. Retiramos todas elas porque cremos que o próximo Presidente será do Centro pois este está de acordo com a índole conciliadora do brasileiro, é mais tolerante no comportamento, reúne a maioria das forças políticas e defende o Liberalismo Econômico e por isto é o melhor caminho para o Brasil. Buscaremos o Centro e se o Centro nos aceitar, daremos nossa modestíssima contribuição e o que o mais nos pedirem e pudermos ajudar.
Se o Centro estiver junto conosco, estaremos juntos com o Centro.
Encerramos defendendo uma nova Constituição e o Rio de Janeiro como nova capital do Brasil.
E dizemos com firmeza: somos oposição a Bolsonaro.
Vamos à luta!
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