segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Rota 2022

Evidente que Bolsonaro corre risco de não terminar seu mandato porque não tem base no Congresso. Não acreditamos que isto ocorrerá por dois motivos: ele tem popularidade no momento que impede que o Congresso o afronte. A rusga entre os dois poderes vai continuar mas não desaguará num combate fratricida. E a Economia está indo, talvez não do jeito que gostaríamos e seria o ideal, mas vai bem melhor do que no Governo Dilma. Isto manterá a aceitação ao governo dele em patamares medianos até a eleição de 2022 e, ao menos que cometa erro cósmico, Bolsonaro chegará lá viável.

Não somos economistas e podemos estar falando equívocos. O que sabemos é que, às vezes, a economia mundial dá soluços que nos atingem. Ouvimos prognóstico na web de alguém que nos  pareceu estudioso no assunto e que afirmou que a década de 20 será um tempo de crise. Temos nossas desconfianças também. Inclusive sobre possíveis guerras em alta escala. 

Há continuada tensão militar entre EUA e Rússia-China. A Rússia, recentemente, revelou ter mísseis hipersônicos que os EUA não possuem. Além disto, vem ampliando sua influência militar no mundo, inclusive na América Latina. Vejam a presença russa na Venezuela. A China está neste momento ampliando sua frota naval e presença no Pacífico e as tensões no Mar da China contra Taiwan continuam elevadas. E a Coréia do Norte continua sendo um nanico que incomoda.

Quem garante que o mundo viverá em paz nesta década?

Tensões militares causam solavancos na economia global. E podem ocorrer imprevistos. Taí o vírus na China. Mas se não houver nada mui grave, a economia vai ter um crescimento maior do que no tempo de Dilma. Então, acreditamos que Bolsonaro chega em 2022 com pequeno favoritismo. 

Do outro lado, apostamos que o STF vai fazer de Lula ficha limpa. É um palpite. E ele vai estar lá também em 2022. E Lula e o PT, desde 1989 (nós tínhamos 11 anos naquela eleição), têm por volta de 25% a 30% do eleitorado, o que lhes garante lugar no segundo turno confirmando a polarização. Lula está desgastado, é verdade, mais ainda é opção para muita gente. 

Quanto a nós que nos afastamos de Bolsonaro e somos oposição a ele e aqueles que não veem mais em Lula uma opção para o Brasil, estamos esmagados entre duas forças gigantescas. Precisamos nos unir em torno de um nome porque corremos o risco de nos dispersarmos entre vários candidatos. Desunidos, em vários candidatos, perderemos. Será inevitável a derrota. A união das forças que não se alinham a Bolsonaro e Lula será vital. Nossa única chance e sobrevivência.

E precisaremos trazer algo de novo à Nação se quisermos virar o jogo.

A eleição de 2022 será a mãe de todas as eleições da Nova República.

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